O primeiro imperador do Brasil tinha um temperamento instável, que alternava acessos de extrema violência com profundo arrependimento, caráter aventureiro e possessivo, exacerbado, romântico, demonstrando interesse compulsivo pelas mulheres. Gostava de comer e beber muito. E quem assim o descreve é J. Dias Lopes, biógrafo do comer e beber no Brasil (assim como mestre Câmara Cascudo, no século passado, pesquisou e descreveu tudo o que da mesa, do copo e da cama ajudou a formar o Brasil). Por outro lado, possuía singular habilidade musical, o que o fez compor o Hino da Independência e uma ouverture em mi bemol maior, apresentada em Paris pelo italiano Gioacchino Rossini. E maçom, como todas as personalidades do seu tempo. E, por sorte, não precisava cuidar da dieta, pois não herdou do pai glutão (e dos Braganças) a tendência à obesidade. Grande admirador da França, apreciava a cozinha daquele país e tudo o que viesse de lá. Tanto que teve no Rio de Janeir